COMO AS MARCAS EDUCAM: abordagem das decisões comunicacionais de marca e seus efeitos na sociedade.

Este texto aborda o tema Marcas sob o viés da Educação e problematiza sobre “Como as marcas educam?”. Propõe a interseção de duas áreas: por um lado as Marcas e sua retórica comunicacional, por outro lado a Educação como processo de indivíduos que aprendem colaboração e mediação social. O caminho das Marcas e Educação A evolução das marcas é constante. O que começou como procedência e identificação do produtor, passou por distinção, valor financeiro e econômico, auto expressão para os indivíduos. Se as marcas são diletantes do cotidiano, associadas à comunicação, à economia e às artes, ampliaram a ordem do poder no mundo. A partir de Thompson (1995, 1998) , pode-se reconstruir alguns caminhos que auxiliam a entender a independência e autonomia das marcas, como um poder que se multiplica exponencialmente por um lado pela sua maturidade, capacidade de empatia e resiliência como os indivíduos, e por outro, pela estagnação de outros poderes que minguaram - Poderes Político e Coercitivo, que constantemente estão aquém da demanda social. Este caminho necessita ser entendido pela construção Simbólica e Cultural e o uso que o indivíduo faz destas formas, como as pessoas se impregnam com o que leem, veem, e ouvem. As marcas são uma área transversal entre os poderes Econômico e Simbólico, pois uma alimenta o outra e garante a circulação de informação. O Poder Econômico diz respeito ao valor que as forma simbólicas ganham quando valorizadas, ou seja, podem ser compradas, vendidas – transacionadas no mercado. Ainda Thompson [idem, p. 23], “A contextualização social das formas simbólicas implica também que essas formas podem tornar-se objetos de processos complexos de valorização, avaliação e conflito.” Nesta perspectiva cria-se um mundo imaginário ou circunstancialmente real, que busca sustentabilidade e acumulação para se retroalimentar e expurga-se ao poder Político e Coercitivo a disfunção do poderes Econômico e Simbólico. A construção da carga simbólica e do sentido não se dá por criação empírica, e sim da construção detalhada dos planos econômicos e corporativos, pois está lá a origem e da caminhada do reconhecimento das pessoas da valorização daquilo que se apresenta. A carga simbólica não pode estar aquém ou além daquilo que é tolerado pelo público. Assevera Semprini (2006, p. 36) “... pudemos constatar o quanto é importante, quando se analisa o lugar das marcas no espaço social. Distinguir entre poder material das marcas e poder simbólico, entre poder econômico e poder de sedução, entre legitimidade comercial e legitimidade cultural.” Vigotski, no viés da educação, nos traz a perspectiva interacionista, o indivíduo aprende com a experiência social, necessita se adaptar e evoluir conforme o avanço e contingências da sociedade. Desenha-se a conexão da marca, poder, imaginário e educação, no aspecto de construção do entendimento de mundo a partir das interações do indivíduo com os outros em sociedade e comunidade, emulados a partir da construção cultural e por conseguinte a construção histórica. Assim a reputação das marcas elevam a pretensão da responsabilidade social em recriar visões ricas em significado para a audiência. As marcas captam o sentimento de época e aculturam o indivíduo que reprocessa a comunicação, que na perspectiva de Vigotski, aprendem imaginários com tais interações. Estamos na era das marcas que educam, inspiram, ou no mínimo, têm a responsabilidade de avançar o imaginário e propor visões humanizadas em ecossistema que pede a qualificação das relações sociais.
País: 
Brasil
Temas y ejes de trabajo: 
Semiótica de las mediatizaciones
Transposiciones y fenómenos transmediáticos
Institución: 
UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Mail: 
lubraun21@gmail.com

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Accepted
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