Decio Pignatari, Modernity, Image and Auiovisual context Décio Pignatari, semioticista intersemiótico, um ícone, qualidade de sentimento.

Antes de tudo o mais, em toda a sua vida, Décio Pignatari (1927-2012), apaixonado pelo futebol, foi poeta e radicalizou a interpenetração das linguagens na explosão intersemiótica que, com fascínio e rigor, perquiriu e práticou, em metalinguagens analógicas. Sua visada das operações semióticas centraliza o seu ato criativo radical aproximando arte e ciência. No seu fazer proclamava que a poesia “é um corpo estranho nas artes da palavra.” E que “a poesia parece estar mais do lado da música e das artes plásticas e visuais do que da literatura.” Na espacialidade da página arquitetou em lances de palavras, mundos de linguagens, dos quais uma nova poesia brasileira foi plasmada. Como um dos seus teóricos, ao lado dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, edificou a poesia concreta em um movimento internacional de interlocuções e aproximações. Foi tradutor de poetas e teóricos para o português, dando asas ao ser de linguagem criador e recriador que nele pulsava. Como teórico da multiplicação das linguagens, ao traduzir Marshall McLuham e sua visão dos meios de comunicação como extensões do homem, sintoniza-se na(s) tecnologia(s) dos processos uniformes e repetitivos que dominaram o trabalho e a vida, enfim, a existência no mundo, e, sob esse prisma, pensa não só a arte, mas também o design, a arquitetura, a fotografia, a televisão, a comunicação, com a sensibilidade de um inventor de processos que carregam seus modelos de análise. Nesta construção projetou a semiótica de Charles Sanders Peirce como fundamentação teórica e metodológica do trânsito entre as linguagens. Atuou em importantes universidades, criando cursos novos e formou várias gerações de semioticistas que, espalhados pelo Brasil afora nos mais variados campos do saber, o continuam. Entre suas obras, destacam-se: Informação, Linguagem, Comunicação; Contracomunicação; Comunicação poética; Semiótica & literatura: icônico e verbal, Oriente e Ocidente, entre outros. Publicou em colaboração com Augusto e Haroldo de Campos: Teoria da poesia concreta e Mallarmé/ poema traduzidos. Ainda publicou Poesia pois é poesia/ poemas completos 1950-1975; o romance Panteros , o livro de poesias infanto-juvenil Bili com limão verde na mão e sua biografia em O Rosto da Memória. Propuesta para Raíces y Trayectorias en la Semiótica Iberoamericana
País: 
Brasil
Temas y ejes de trabajo: 
Las historias de la semiótica: fundaciones y continuidades
Institución: 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Mail: 
anaclaudiamei@hotmail.com

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