A RECONSTRUÇÃO DO CONTEXTO EM A CIDADE DORME. O CONTEÚDO EM VIRTUDE DOS ESPAÇOS PATÊMICOS.

É por meio dos contos contemporâneos que Luiz Ruffato inaugura sua Obra literária A Cidade Dorme em fevereiro de 2018, destaca-se que o escritor, dentre muitas outras premiações, recebeu a mais recente em 2016, “Hermann Hesse”, na Alemanha. A obra é composta de vinte narrativas que destacam cenários de atores com traços e semelhanças ao ambiente virtualizado pelo sentido contínuo em permanecer em direção ao objeto de desejo, porém que logo são tomados pelo estado de disjunção apresentado pela temática-figurativa dos oponentes e dos espaços, os quais podem ser exteriores ou interiores. Com base no conceito da semiótica francesa, os comportamentos somáticos do ser humano em convergência ao tempo pretérito percorrido pelas mudanças actanciais, será discutido por meio do conto “Água Parada”, bem como as experiências e rupturas de sujeito em suas alterações espaciais e contínua busca por estar em conjunção ao objeto-valor, mas também ocupar, ao mesmo tempo, um espaço pretérito, como fosse possível visualizar rumores escondidos entre as paredes dos locais submetidos à sua vida como sujeitos do enunciado, demonstra-se marcado pelo espaço em que são projetados. Nessa perspectiva, busca-se apresentar o contexto social sob a localização espacial dos atores dos textos selecionados, com vistas a observar o modo como o narrador relaciona a projeção espacial dos sujeitos aos valores que eles buscam e aos estados de alma revelados. O escritor mineiro traz temas que enaltecem as ações de trabalhadores urbanos, ora moradores, ora migrantes tencionados a encontrar um local que inspire segurança, muitas vezes frustrados na busca pelos próprios sonhos a algo gerador de sentido à sua existência. Juntamente aos fatores de dimensão pragmática presente nos textos observados ao modo como ela se sobrepõe a uma dimensão cognitiva e patêmica, ambas relacionadas à reconstrução discursiva do espaço rural e urbano brasileiros, serão discutidos os temas apreendidos por meio de uma perspectiva disfórica que, norteados sob os estudos da teoria greimasiana por meio dos simulacros de tensão e medo trazidos pelos contextos socioculturais metaforizados pela figura da insegurança acarretando sempre na migração.
País: 
Brazil
Tema e machados: 
As semióticas das artes: momentos e territórios
Instituição: 
Universidade de Franca - Unifran
Mail: 
marcela_ric@hotmail.com

Estado del abstract

Estado del abstract: 
Accepted
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